O pato-mergulhão (Mergus octosetaceus) é uma das espécies mais raras e emblemáticas do Cerrado brasileiro e sua presença no Jalapão é o melhor indicador de preservação dessa região no Tocantins.
Criticamente ameaçado de extinção, este pato só sobrevive em locais extremamente preservados. Ele depende de rios de águas limpas e da vegetação nativa para sobreviver e se reproduzir.
Ele é considerado uma espécie bioindicadora, ou seja, sua presença atesta que a qualidade da água e a preservação das matas ciliares mantém seu estado de conservação natural.
Seu bico longo e serrilhado permite capturar pequenos peixes, como o lambari, durante mergulhos que podem durar até 30 segundos.
O Rio Novo do Jalapão ainda oferece o ambiente ideal para o pato-mergulhão.
Infelizmente, a espécie enfrenta grandes desafios em algumas regiões do Brasil, como a destruição de seu habitat devido ao aumento da ocupação e a degradação das margens dos Rios.
No Tocantins, o Naturatins regula os trechos de navegação e do rafting no Rio Novo para garantir o mínimo impacto ao Pato, especialmente no período de sua reprodução. Isso porque, a existência de turismo dissociado de práticas de sustentabilidade podem representar riscos para a sobrevivência do pato-mergulhão.
A Cerrrado Ruprestre apoia a pesquisa científica e está sempre atenta às melhores práticas de conservação e com isso, em algumas épocas do ano, pode oferecer a chance única de observação dessas aves, que raramente se deixam ver, durante o passeio no Rio Novo.
Viajar pelo Cerrado Tocantinense é uma oportunidade única de vivenciar a beleza desse ecossistema que depende da manutenção de suas águas limpas e puras.
Essa experiência não só fortalece a conexão dos visitantes com a natureza, mas também contribui para a preservação dessa joia rara do Cerrado.